quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Perca ou ganhe, não se estranhe.

Estou naqueles dias em que você não sabe realmente quando isto vai terminar.

Tive que encarar as minhas manhãs com muita fúria nos punhos e uma leveza nos pés e era incrível perceber que eu conseguia lidar com a dor, logo descobri que todo o ser humano é capaz de superar a queda e o desconhecido sempre acaba sendo a melhor opção.

Por muito tempo vivi sobre lamentações acerca de como era dolorido perder algo, alguém ou um bem, sem me dar conta de que eu mesmo sabia que a perda era só um pretexto para um novo ganho e que as coisas ruins podem ser facilmente deletadas de nossas vidas; o caso é que não há busca mais tola do que a raiz que colocamos entre nossos pés e o chão, porque estabilidade é uma teoria que eu desconheço e de fato todos deveriam abdicar-se desse método absurdo de viver. Eu me sinto vivo quando o acaso vem tomar um chá da tarde comigo, comentando como o destino é levado e volúvel, sinto a liberdade quando sento num campo vazio, dou algumas tragadas em um cigarro e recito Drummond para mim mesmo, sinto a beleza quando numa tarde de verão eu começo a cantar e ouço ao meu redor algumas vozes acanhadas me acompanhando naquela conhecida canção.

Toda a essência da vida está nos detalhes com os quais você a constrói, sem ter medo de perder, ganhar ou se afastar, porque as coisas boas se vão para que outras melhores ainda se encontrem e o inesperado é sempre o ápice do momento de tristeza. Enquanto alguns me vêem como menino, eu acrescento um quê de homem com uma certa inocência fingida, apresentando a um mundo que chora pelo pouco o meu mundo que ri na cara da desgraça e do sofrimento.

3 comentários:

  1. me indentifiquei muito com esse texto amor!

    parabéns pelo teu talento!

    um beijo s2

    Maye

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  2. Ahhh, q lindo oq escreveu!
    parabens G.

    abraço forte!

    do FezitO

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  3. Amor, entendi o recado. Maravilhoso !!

    Te amoo

    Bjus

    Kah *.*

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